Que fim levou o Google+, rede social que prometia muito e virou um grande flop?

A Alphabet, dona da

A Google já pensava em abandonar aos poucos ideias como o botão de compartilhamento e a integração, até que em outubro de 2018 ela confirmou que iria descontinuar toda a plataforma em questão de poucos meses. A antecipação ocorreu não só pela baixa adesão, mas também por um problema de segurança que expôs informações privadas de usuários para terceiros, e que foi seguido por outro bug no fim do ano, também envolvendo a exploração não autorizada da API do serviço.

As duas logos da história do serviço. (Imagem: Divulgação/Google)

Em 2 de abril de 2019, o serviço começou a ser fechado e todas as contas foram deletadas gradualmente, com o botão de compartilhamento de outras páginas também deixando de funcionar. A partir deste ponto, acabava o sonho do Google+.

Por que o Google+ deu errado?

O Google+ inicialmente foi um sucesso em termos de adesão do público, muito pela naturalidade na migração de contas de quem já fazia parte do ecossistema da empresa. Isso é algo que já foi notado várias vezes no mercado, como no caso do crescimento do Threads, rede social da Meta que facilita a importação do perfil do Instagram.

Em pouco mais de um ano, a plataforma já tinha 400 milhões de usuários — sendo então a segunda maior rede social do mundo, atrás só do Facebook. Essa quantidade, porém, se mostrou pouco orgânica: a maior parte dos cadastros veio de maneira forçada pela empresa por causa do uso conjunto em outros serviços, sem que o público frequentasse de fato a parte social do serviço.

A plataforma tinha ainda menos atrativos e diferenciais contra concorrentes após o redesign de 2015. (Imagem: Reprodução/Google)

Além de ser pouco adotado, o Google+ ainda irritou muita gente justamente por causa dessa integração forçada. Em determinado ponto, chegou a ser obrigatório ter um perfil na plataforma para criar um endereço de email e até comentar no YouTube, por exemplo, o que irritou até um dos cofundadores do site de vídeos.

Outro ponto que pesa contra o projeto é a própria política corporativa da Google. A empresa tende a criar produtos demais, alguns que canibalizam uns aos outros em um mesmo setor, e também é conhecida por descontinuar plataformas em um ritmo acelerado logo que percebem que ela não atingiu resultados esperados.

Antes do Google+, a empresa entrou no segmento de redes sociais a partir de outras tentativas:

  • o saudoso Orkut, favorito dos brasileiros, criado como projeto paralelo de um funcionário em 2004. Abandonada no resto do mundo, ela durou até 2014.
  • o Google Wave, de 2009, uma espécie de plataforma colaborativa que misturava serviços como email, mensageiro e rede social em um ambiente, mas que teve baixo uso;
  • o Google Buzz, de 2010 que evoluía a experiência do Gmail com recursos como divulgação de links ou publicação de status, mas que não teve muito espaço nem mesmo internamente.

Você se lembra do Google+ ou chegou a usar essa rede social para conversar sobre algum assunto específico? Conte a sua experiência para a gente no perfil do TecMundo no Instagram!

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