Uma rede criminosa ligada ao PCC usou fintechs para lavar dinheiro sujo em um mega esquema que movimentou bilhões. Informações da Receita Federal e do Ministério Público apontam que a fintech BK Bank era uma das principais no processo de lavagem de dinheiro, que também usava motéis.
Os criminosos controlavam 60 motéis, 267 postos de gasolina e até mesmo empresas do ramo de jogos de azar em São Paulo. Em somente quatro anos, a articulação golpista movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões de reais, e foram descobertos após movimentações financeiras incompatíveis com a receita dos motéis.
A BK Bank, principal fintech acusada de lavagem de dinheiro, explica que não possui nenhum envolvimento com o PCC, e ainda cita o fato de ser regulada diretamente pelo Banco Central. O uso desse tipo de empresa para lavagem de dinheiro já não é novidade, e se tornou um alvo favorito para criminosos na facção.
Em agosto, uma megaoperação da Polícia Federal mirou donos de fintechs como a 2GO Bank e InvBank. Juntas, essas duas empresas teriam movimentado algo em torno de R$ 30 milhões em dinheiro sujo. A aparição da BK Bank também não surpreende, visto que a fintech também foi alvo da operação ‘Carbono Oculto’ que desarticulou um esquema de mais de R$ 7 bilhões em agosto.
Vítimas foram coagidas pelos criminosos
No caso mais recente, o PCC ameaça diretamente empresários de diversos setores a venderem seus negócios. Mesmo após as vendas sob coação, as vítimas sequer recebiam o valor total combinado e o nome dos envolvidos ainda estava ligado aos negócios para dificultar as investigações.
- Os investigadores dizem que motéis são propícios para lavagem de dinheiro, devido à falta de controle de clientes;
- A quadrilha comprou postos de gasolina e passou a vender combustível adulterado;
- Contratos tiveram assinaturas falsificadas para negociação de dívidas em bancos;
- Dentre os possíveis envolvidos, estão nomes como Alexandre Leal, Wilson Pereira Júnior ‘Wilsinho’ e o empresário Flávio Silvério Siqueira;
- Os criminosos usavam o dinheiro para adquirir carros de luxo e até mesmo helicópteros.
No processo, inúmeras vítimas tiveram suas vidas destruídas. Para mais informações sobre fintechs e o combate ao crime organizado, fique de olho no site do TecMundo e não perca nenhuma informação.