Exército chinês usa cães-robôs armados com fuzis em treinamento

Imagens de cães-robôs equipados com fuzis automáticos durante treinamentos do Exército de Libertação Popular da China (PLA) viralizaram nas redes sociais, nos últimos dias, demonstrando o avanço da tecnologia. A imprensa local afirma que os equipamentos fazem parte de estratégias focadas em um possível ataque a Taiwan.

Originalmente exibidas por uma emissora estatal, as gravações mostram os robôs quadrúpedes alimentados por inteligência artificial carregando armas letais no campo de batalha. Eles acompanham os militares em uma operação simulada que também inclui drones.

Alternativa para missões de alto risco

Controlados remotamente, os robôs de quatro patas são treinados para auxiliar os soldados em operações arriscadas para os humanos. Se movimentando à frente da equipe, eles abrem caminho para que os militares avancem, podendo efetuar disparos, se necessário, após comandos dados pelo operador.

  • No treinamento exibido, a formação inclui dois cães-robôs armados com fuzis, outro que fica responsável por reconhecer o terreno e mais um cuja função é carregar munição e suprimentos médicos;
  • Eles são capazes de percorrer trechos perigosos de 200 m em aproximadamente 30 segundos, substituindo os soldados em ações que poderiam colocar suas vidas em risco;
  • Segundo a reportagem, a equipe robótica pode se deslocar por até 2 km de distância a partir do local de controle, transporta cargas de 20 kg e possui bateria que oferece autonomia superior a duas horas;
  • A demonstração também contou com drones que monitoravam o terreno e forneciam detalhes importantes como a localização das tropas inimigas em tempo real.

Armed robot dogs join drills with Chinese armed police unit. #robot #military #China #AI pic.twitter.com/ryXYwgTQKj

— Shanghai Daily (@shanghaidaily) November 13, 2025

O treinamento demonstra que o PLA tem se adaptado às estratégias de guerra moderna, como as utilizadas nos conflitos entre Rússia e Ucrânia, mas também revelou fragilidades da tecnologia, como aponta o South China Morning Post. Um dos robôs que participava dos testes acabou abatido por adversários.

Também foram citadas falhas relacionadas aos drones, que não contribuíram da maneira esperada para tornar vulneráveis as posições inimigas. Com isso, foi necessário recorrer à equipe humana para realizar algumas das etapas mais arriscadas da missão.

Além disso, especialistas comentaram que os cães-robôs não possuem autonomia para tomar decisões, dependendo dos humanos para agir. Em um cenário real de batalha, tal característica reduziria o impacto das máquinas.

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