O laser DragonFire abateu drones de alta velocidade com precisão durante testes da Marinha Real Britânica realizados na Escócia e será integrado às embarcações a partir de 2027, conforme anunciou o Ministério da Defesa do Reino Unido na última semana. A tecnologia também se destaca pelo baixo custo.
Desenvolvido pela MBDA, em parceria com as empresas QinetiQ e Leonardo, o sistema inovador funciona como alternativa aos mísseis antiaéreos convencionais. Além disso, está alinhado às estratégias de guerra modernas, como as que têm ganhado destaque nos conflitos entre Rússia e Ucrânia.
Disparos baratos e de alta precisão
Nos testes de rastreamento e interceptação na região do arquipélago das Hébridas, o laser britânico derrubou drones com capacidade de voar a até 650 km/h, o dobro da velocidade dos carros de Fórmula 1. Ele se mostrou eficiente para atingir equipamentos cada vez mais utilizados em atividades militares.
- O DragonFire apresentou grande precisão durante o experimento, podendo atingir uma pequena moeda de £ 1 a 1 km de distância, segundo o Ministério da Defesa;
- Além disso, a arma laser chama a atenção pelo baixo custo, com cada disparo saindo por £ 10, o equivalente a R$ 71 pela cotação do dia, em conversão direta;
- Trata-se de um método mais econômico do que os sistemas de mísseis convencionais, em que cada disparo custa o equivalente a centenas de milhares de libras;
- Apesar da eficiência em abater ameaças aéreas e da economia, a tecnologia possui algumas limitações, como a suscetibilidade às condições meteorológicas, incluindo chuva e nuvens.
DragonFire is a laser directed energy weapon designed and built entirely in the UK.
It can hit a target the size of a £1 coin from a kilometre away, costs only £10 a shot, and just successfully took down a high-speed drone during testing.
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— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) November 20, 2025
“Esse laser de alta potência colocará nossa Marinha Real na vanguarda da inovação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), entregando uma capacidade de ponta para ajudar a defender o Reino Unido e nossos aliados nesta nova era de ameaça”, comentou o ministro da Prontidão e Indústria de Defesa, Luke Pollard.
Como destacou Pollard, o DragonFire se tornará a primeira tecnologia do tipo a entrar em serviço em um país da Europa, representando um dos programas de armas de energia dirigida mais avançados da OTAN. Ele faz parte do projeto de Revisão de Defesa Estratégica (SDR) do Reino Unido.
Acelerando o cronograma
De acordo com o Ministério, a arma laser deve começar a ser integrada ao contratorpedeiro Type 45 da Marinha Real Britânica até 2027. Caso o prazo seja realmente cumprido, representará um grande avanço em relação ao cronograma original, que previa o uso da tecnologia somente em 2032.
O contrato com a MBDA para a implementação do sistema é de £ 316 milhões, o equivalente a R$ 2,2 bilhões. A iniciativa pode levar à geração de quase 600 empregos em todo o Reino Unido nos próximos anos.
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