A conectividade 6G está mais perto de estrear do que imaginamos e trazendo vários avanços, mesmo com o 5G ainda não amplamente disponível. A próxima geração da internet móvel deve ser lançada por volta de 2028, conforme previu o CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, na terça-feira (23).
Durante palestra no Snapdragon Summit 2025 em Mauí, no Havaí, o executivo brasileiro comentou que a gigante dos processadores se prepara para lançar os primeiros “dispositivos pré-comerciais” compatíveis com o padrão em até três anos. Já para o público em geral, a tecnologia deve estar disponível a partir de 2030.
Alimentando os próximos avanços da IA
Na conferência, o chefe da fabricante dos chips Snapdragon afirmou que a sexta geração da banda larga móvel fará mais do que fornecer velocidades de internet maiores. Ela terá papel primordial no desenvolvimento dos próximos avanços das ferramentas de inteligência artificial generativa.
- De acordo com o brasileiro, o 6G funcionará como uma espécie de motor para os agentes de IA, versão autônoma da tecnologia que pode assumir tarefas no lugar do usuário;
- A conexão veloz e estável contribuirá para o processamento em tempo real dos dados fornecidos pela próxima geração de wearables, como anéis inteligentes, óculos de realidade mista e smarwatches mais poderosos;
- Dessa forma, a Qualcomm acredita que será possível desenvolver uma rede de dados mais dinâmica e customizada para cada pessoa;
- Funcionando como uma ponte entre os gadgets e a nuvem, o padrão permitirá que a IA agêntica se torne mais capaz de organizar a rotina e assumir ações práticas, deixando o usuário livre para outras tarefas.
Para que o sucessor do 5G forneça velocidades de download e upload mais rápidas, alimentando IAs de última geração, a big tech precisará fabricar novos modens. Segundo Amon, a companhia trabalha nesses componentes, que envolvem novas arquiteturas de memória e de unidades de processamento neural (NPUs).
Com a proposta de utilizar o espectro terahertz, em substituição ao atual modelo de gigahertz, o 6G também deve trazer avanços significativos em outras áreas. Telemedicina, internet das coisas e entretenimento são alguns dos segmentos que se beneficiarão com a chegada das novas redes móveis.
Papel da Qualcomm no desenvolvimento do 6G
Integrante do 3GPP, consórcio que atua na definição das regras globais de telecomunicações, a empresa participa diretamente do processo de desenvolvimento do novo padrão. A entidade tem intensificado os estudos sobre o 6G desde o início do ano.
Além disso, a Qualcomm é membro do Fórum de Inovação 6G da operadora Verizon, que também conta com a participação de marcas como Nokia, Eriksson, Samsung e Meta. Dessa forma, as previsões do CEO ganham mais credibilidade em um cenário de corrida pela liderança no setor.
No entanto, vale lembrar que as projeções são válidas para os países que possuem as pesquisas mais avançadas na área, que deverão se tornar os pioneiros na oferta do 6G. De maneira geral, o padrão só deve começar a ser ampliado globalmente ao longo da próxima década.
E você, acredita que o 6G vai estrear mais cedo? Quais são as suas expectativas para a próxima geração da internet móvel? Comente nas redes sociais do TecMundo.