O Mercado Livre recorreu mais uma vez à justiça para tentar evitar o bloqueio da plataforma no Brasil, conforme revelou a Folha de S. Paulo na segunda-feira (02). Neste novo pedido, a empresa solicitou urgência na decisão sobre a anulação de um despacho que prevê sanções ao e-commerce pela venda de celulares piratas.
No mês passado, a varejista já havia acionado o judiciário após a notícia de que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estava se preparando para retirar do ar o site do Mercado Livre, pela falta de combate à comercialização dos dispositivos irregulares. A
Vale destacar que a justiça negou o primeiro pedido de tutela de urgência do e-commerce registrado no ano passado. Na ocasião, o juiz Marcelo Gentil Monteiro justificou a negativa afirmando que não havia identificado elementos evidenciando riscos ao resultado da ação judicial.

Medidas “impossíveis” de cumprir
Em sua defesa, o marketplace também afirma que a Anatel estaria agindo de maneira abusiva ao impor medidas “juridicamente impossíveis” de serem adotadas. Para a empresa, o despacho atende somente aos interesses privados do setor de telecomunicações.
Além disso há, no novo pedido de urgência, a informação de que a agência reconheceu a varejista como “empresa conforme”, recentemente. No entendimento da marca, isso significa que a plataforma está dentro de níveis aceitáveis de anúncios de smartphones não homologados à venda no site e no app.
Sobre a possibilidade de bloqueio do seu domínio, que deixaria a loja online inacessível no Brasil, o Mercado Livre disse se tratar de uma medida “desproporcional”. Caso a sanção seja aplicada, poderia impactar mais de 50 mil empregos diretos e milhões de consumidores.
A plataforma também ressaltou que tomou medidas rigorosas para coibir a venda de eletrônicos não homologados pela agência. A ação foi reconhecida pelo Prêmio Nacional de Combate à Pirataria 2024, dado pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP).
Curtiu o conteúdo? Leia mais notícias no TecMundo e compartilhe-as com os amigos nas redes sociais.