PF faz operação contra suspeito de vazar conteúdo íntimo de mulheres

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Poditor, que tinha como alvo um homem suspeito de armazenar e distribuir fotos e vídeos íntimos de mulheres. A ação realizada nesta quinta-feira (04) mirava a distribuição de conteúdo pornográfico para sites internacionais sem o consentimento das vítimas.

O homem mantinha relacionamentos virtuais com mulheres do Rio de Janeiro, São Paulo e até mesmo no exterior. As vítimas acreditavam estar em um ambiente seguro, mas os conteúdos íntimos enviados ao homem eram armazenados sem o consentimento e depois, distribuídos em plataformas de pornografia.

Divulgação dos conteúdos fazia com que vítimas ficassem expostas na internet (Imagem: Thales Antonio/GettyImages)

Como aponta a PF, foram realizados mandados de busca e apreensão, e as autoridades coletaram dispositivos eletrônicos, mídias e outros materiais. 

Por enquanto, não há maiores informações sobre o caso, e nem detalhes sobre a prisão do alvo, ou onde o suspeito estava localizado.

PF prendeu 49 pedófilos em outubro

Nos últimos meses, as autoridades brasileiras também vêm aumentando o cerco contra predadores sexuais na internet. No começo de outubro, a PF prendeu 49 suspeitos por meio da Operação Proteção Integral III, que contou com mais de 800 autoridades para investigar e cumprir mandados em diversos estados.

  • Ao todo, foram cumpridos 182 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão preventiva;
  • Na ocasião, dois menores de idade teriam sido apreendidos, e duas vítimas foram resgatadas pelos agentes;
  • Entre janeiro e setembro de 2025, a PF já cumpriu mais de 1.630 mandados de prisão de foragidos condenados por crimes sexuais;
  • Também em outubro, a PF prendeu um homem acusado de disseminar imagens de violência sexual de crianças e adolescentes na dark web;
  • Ambientes como a dark web dão proteção contra os criminosos e dificulta a investigação por parte das autoridades;
  • Um levantamento da PF enviado ao TecMundo indicou que as prisões de predadores sexuais pela instituição aumentou quase 37% em 2024;
  • O estado com maior número de detenções por crimes cibernéticos desse cunho foi o Ceará, com 12 prisões realizadas;
  • A instituição também resgatou mais de 50 vítimas durante as operações.

Caso condenado pela justiça, o homem pode responder pelo crime de compartilhamento de fotos e vídeos íntimos sem autorização. A pena pode ser de 1 a 5 anos de reclusão, segundo o artigo 216-B do Código Penal brasileiro.

Nesta quinta-feira, a PF realizou ainda a Operação Valquíria para reprimir a apologia ao nazismo. A ação ocorreu em Belo Horizonte (MG), após emails ameaçadores contra universidades federais e apologia ao nazismo, que resultou na identificação do suspeito por trás dos ataques às instituições de ensino.

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