Rússia prende possíveis criadores do Meduza Stealer

Três pessoas foram presas em Moscou por suspeita de serem criadoras e operadoras do Meduza Stealer, um malware especializado em roubar informações. A general de polícia e porta-voz do Ministério do Interior da Rússia, Irina Volk, anunciou as apreensões no Telegram.

“Um grupo de hackers que criou o infame vírus ‘Meduza’ foi detido por meus colegas do Departamento de Combate ao Cibercrime (UBK) do Ministério do Interior russo, junto com policiais da região de Astrakhan”, declarou Volk.

A investigação descobriu que os criminosos desenvolveram e começaram a distribuir o software há cerca de dois anos através de fóruns hackers.

O que é o Meduza Stealer

O Meduza é um infostealer, um tipo de malware especializado em roubar credenciais de contas, dados de carteiras de criptomoedas e outras informações armazenadas nos navegadores web das vítimas.

Esse malware era distribuido num modelo parecido com um streaming – o que chamamos de Malware-as-a-Service, você assina e paga pelo uso. O Meduza estava entre os infostealers tecnicamente mais avançados da dark web. Desde dezembro de 2023, ele conseguia “reviver” cookies de autenticação expirados do Chrome para facilitar a tomada de contas.

Segundo o pesquisador ‘g0njxa’, que monitora de perto o mercado de infostealers, o mesmo grupo também estava por trás do Aurora Stealer, outro malware-as-a-service que ganhou força em 2022.

Por que a Rússia agiu

Em maio, alguns operadores do Meduza atacaram uma instituição em Astrakhan, no sul da Rússia, e roubaram dados confidenciais dos servidores. Depois disso, as autoridades abriram processo criminal sob o Artigo 273 do Código Penal russo por “criação, uso e distribuição de programas de computador maliciosos”. 

Durante a investigação, descobriram que os três detidos também desenvolviam e distribuíam um malware de botnet capaz de desativar proteções de segurança nos sistemas-alvo. 

“Durante as buscas, foram apreendidos equipamentos de informática, meios de comunicação, cartões bancários e outros itens com valor probatório. Como resultado das medidas operacionais e investigativas, foi apurado que os detidos também desenvolveram e distribuíram outro tipo de software malicioso”, explicou Volk.

De acordo com Volk, novas operações devem acontecer em breve, uma vez que as autoridades estão trabalhando para identificar todos os cúmplices. 

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