‘Massistant’: China tem novo programa para hackear celulares confiscados

Autoridades chinesas utilizam um novo tipo de software com capacidade de extrair dados de smartphones apreendidos, que concede acesso a mensagens, lista de contatos e muito mais. A empresa de cibersegurança Lookout revelou detalhes do programa para hackear celulares nesta quarta-feira (16).

Desenvolvido pela Xiamen Meyia Pico, a ferramenta de hacking Massistant possibilita a

“É uma grande preocupação. Acho que qualquer pessoa que esteja viajando pela região precisa estar ciente de que o dispositivo que ela traz para o país pode muito bem ser confiscado e qualquer coisa que esteja nele pode ser coletada”, alertou a pesquisadora de segurança da Lookout, Kristina Balaam, em entrevista ao TechCrunch.

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Celulares têm os dados coletados por meio do programa Massistant. (Imagem: TechCrunch/Reprodução)

Como remover o programa?

A ferramenta forense chinesa não age de maneira oculta no aparelho comprometido, deixando rastros da sua presença. Ele aparece como um app instalado no smartphone e pode ser excluído, assim como removemos qualquer software indesejado.

Caso o método convencional de exclusão de apps não funcione, é possível apagá-lo de outras formas, usando soluções como o Android Debug Bridge, que permite se conectar ao celular por meio de um PC. No entanto, a exclusão acontecerá somente depois que os dados já tenham sido extraídos.

Segundo Balaam, o Massistant sucede outra ferramenta da mesma empresa, chamada MSSocket, analisada pelos especialistas em 2019. A pesquisadora também afirma que existem pelo menos outras 15 famílias diferentes de malwares e spywares chineses, com capacidades semelhantes, atualmente rastreadas pela Lookout.

Adicionada a uma lista de sanções do governo dos Estados Unidos em 2021, por disponibilizar tecnologia para o governo da China, a Xiamen é uma das maiores fornecedoras do setor forense local. Ela possui 40% de participação neste mercado.

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